Brasília, 19 de agosto de 2025 – Ao assumir a presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Samir Xaud foi confrontado com um dilema inesperado: a Nike, fornecedora da entidade, havia iniciado a produção de uma nova camisa vermelha para a Seleção Brasileira.
Polêmica e intervenção imediata
Ao se deparar com a notícia, Xaud convocou uma reunião de emergência com a fabricante para interromper a linha de produção. Em entrevista ao podcast Toca e Passa, do O Globo, declarou sua motivação:
“Até porque o vermelho não tem nem nas cores da bandeira do Brasil. Muitas pessoas levaram pelo lado político, e eu não tive essa visão do lado político. Eu tive essa visão do patriotismo, da questão da nossa bandeira, das cores verde, amarela, azul e branca.”
O presidente da CBF afirmou que a decisão foi rápida e pensada de forma racional:
“Conversei com toda engenharia que estava por trás ali e pedi realmente para que fossem paradas as máquinas. Falei que as cores da camisa amarela, verde, azul e branca. Essas são as cores da nossa bandeira. E a gente tem que manter esse patriotismo pela bandeira do Brasil e não por política.”
Reação da mídia e repercussão
A proposta de camisa vermelha causou forte reação na imprensa. O jornal O Globo, em editorial, criticou duramente a ideia, apontando as possíveis conotações políticas num país polarizado — com a camisa amarela historicamente associada ao bolsonarismo e o vermelho ligado ao PT. O veículo destacou:
- Que as cores da Seleção devem seguir tradições nacionais e estarem alinhadas à bandeira (verde, amarelo, azul, branco).
- Que uma mudança drástica poderia reforçar divisões políticas desnecessárias.
- Que, apesar de apropriações ideológicas como aquela ocorrida por bolsonaristas, a camisa “canarinho” pertence, antes de tudo, aos brasileiros.
Uma enquete promovida pelo Lance! reforçou essa rejeição popular: 74,54 % dos participantes afirmaram que jamais comprariam uma camisa vermelha da Seleção, enquanto apenas 25,46 % disseram que sim.
Uniformes confirmados para a Copa de 2026
O site especializado Footy Headlines já havia divulgado as cores dos novos uniformes para a Copa do Mundo de 2026. O modelo principal (camisa 1) continuará sendo o tradicional amarelo, agora com um tom mais escuro e detalhes em verde‑água e azul. A camisa reserva (número 2) seguirá predominantemente azul, com adições de preto e amarelo nos detalhes.
Resumo dos principais pontos
| Tema | Detalhes |
|---|---|
| Motivo da polêmica | Produção de camisa vermelha para a Seleção Brasileira. |
| Posicionamento da CBF | Samir Xaud interrompeu a fabricação, ressaltando o patriotismo e as cores da bandeira nacional. |
| Reação da mídia e opinião pública | Editorial crítico de O Globo e enquete do Lance! mostraram rejeição amplamente majoritária. |
| Uniformes oficiais para 2026 | Camisa 1: amarelo mais escuro com detalhes em verde-água e azul. Camisa 2: azul com detalhes em preto e amarelo. |
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