Em 21 de julho de 2025, a administração Trump publicou um vasto conjunto de documentos — cerca de 230.000 páginas — relacionados ao assassinato de Martin Luther King Jr., ocorrido em 4 de abril de 1968 em Memphis, Tennessee. A liberação, motivada por uma ordem executiva assinada em 23 de janeiro de 2025, visava desclassificar registros ligados às mortes de MLK, John F. Kennedy e Robert F. Kennedy.


🔎 O que os documentos revelam

  • Incluem comunicações internas do FBI, como memorandos sobre possíveis pistas, relatórios da investigação, cooperação internacional via CIA durante a caçada a James Earl Ray em Londres, e depoimentos de um antigo companheiro de cela de Ray, que teria recebido confissões sobre o assassinato.
  • Documentos mostram que a investigação do FBI ao longo dos anos 70 estava selada judicialmente, tornando-se pública apenas a partir de hoje.

Reações da família e entidades civis

  • Martin Luther King III e Bernice King estavam cientes da divulgação e analisaram os arquivos com equipes próprias. Embora reconheçam a importância histórica, pediram que o público os leia “com empatia, moderação e respeito pela dor contínua de nossa família”.
  • Eles também manifestaram preocupação com o uso indevido dos registros para difamação ou teorias conspiratórias, reiterando que acreditam que Ray pode não ter atuado sozinho.
  • A Conferência de Liderança Cristã do Sul (SCLC) e ativistas acusam o FBI de espionagem ilegal e tentativas de desacreditar MLK, por meio de escutas em hotéis, grampos telefônicos e campanhas psicológicas.

Objetivo e contexto da liberação

  • A ação atende à Executive Order 14176, assinada por Trump para aumentar a transparência em casos sensíveis como JFK, RFK e MLK.
  • A liberação foi coordenada entre Justiça, ODNI, CIA, FBI e Arquivos Nacionais, com centenas de horas dedicadas à digitalização.
  • Sister Pam Bondi e Tulsi Gabbard lideraram o anúncio, ressaltando que “o povo americano merece respostas” décadas após o crime.

Críticas e questionamentos

  • Al Sharpton, líder dos direitos civis, classificou a medida como manobra política, questionando os motivos por trás da divulgação em meio à controvérsia dos documentos de Jeffrey Epstein.
  • Especialistas alertam que os documentos podem reavivar teorias de conspiração, e que a investigação histórica, como a do Comitê Seleto de 1979, já encontrou indícios de possível conspiração, embora sem evidências conclusivas contra agências governamentais.

Perspectivas futuras

  • Acadêmicos, historiadores e jornalistas já se preparam para analisar os arquivos e buscar esclarecimentos que possam emergir dessas páginas inéditas .
  • A família lembra que arquivos como estes exigem leitura cuidadosa e respeito ao contexto dos anos 60, e alertam para evitar distorções ou apropriações indevidas .

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