Uma análise baseada nos dados do Sistema de Contas Nacionais do IBGE, com recorte entre 2003 e 2022, revela que os estados do Tocantins e de Mato Grosso se destacam com o maior crescimento médio anual do Produto Interno Bruto (PIB) no país, ambos atingindo 4,8% ao ano — mais que o dobro da média nacional, que foi de 2,1%
Destaque estadual no desempenho por setor
O Tocantins apresentou crescimento excepcionalmente forte na agropecuária, com média anual de 8,8%, superando Mato Grosso, que alcançou 7,5% ao ano no mesmo setor. Já nas indústrias e serviços, o Tocantins manteve ritmo sólido:
- Indústria: 4,6% ao ano
- Serviços: 3,3% ao ano
Posição no ranking nacional
Compartilhando o topo do ranking com 4,8% ao ano, Tocantins e Mato Grosso lideram, seguidos por Roraima (4,5%) e Piauí (3,7%).
Pontos de análise para Mato Grosso
Embora o levantamento com foco em 2003–2022 destaque apenas o crescimento médio, Mato Grosso mantém sólida trajetória econômica nos últimos anos:
- Entre 2002 e 2022, o PIB do estado saltou de R$ 19,19 bilhões para R$ 255,53 bilhões — crescimento de aproximadamente 1.230%
- Em 2023, a economia mato-grossense registrou expansão anual três vezes superior à média nacional, impulsionada especialmente pelo agronegócio.
O agronegócio de Mato Grosso é protagonista nacional, figurando entre os principais produtores mundiais de soja, milho e algodão.
Interpretação dos resultados
O desempenho destacado se deve a:
- Estrutura econômica vigorosa – com agropecuária, indústria e serviços crescendo de forma alinhada no caso do Tocantins, e forte presença do agronegócio em Mato Grosso;
- Políticas de incentivo – investimentos em infraestrutura, apoio ao empreendedorismo e ações estatal providenciadas principalmente em Tocantins;
- Capacidade de expansão produtiva – com o agronegócio como motor, especialmente nos grãos e pecuária, além de agregação de valor por meio da industrialização agroindustrial, notadamente em Mato Grosso.
Desafios e perspectivas
Apesar da performance consistente, os estados devem enfrentar demandas por diversificação da economia, sustentabilidade ambiental e melhoria dos indicadores sociais. O contínuo estímulo à inovação no agronegócio, somado a incremento da cadeia industrial e de serviços, será fundamental para manter o ritmo de crescimento nas próximas décadas.
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