No dia 25 de junho de 2025, o Senado aprovou o Projeto de Lei Complementar (PLP) 177/2023 que amplia o número de deputados federais de 513 para 531, cumprindo determinação do STF para atualizar a representação proporcional com base no Censo de 2022. A matéria recebeu 41 votos favoráveis e 33 contrários.

Entre os senadores de Mato Grosso, Wellington Fagundes (PL) e Jayme Campos (União Brasil) votaram contra a proposta, argumentando que o aumento das cadeiras representaria um gasto desnecessário, especialmente em um contexto de restrição fiscal. Já a senadora Margareth Buzetti (PSD) esteve ausente em missão oficial no exterior, mas teve seu voto contrário registrado pela senadora Damares, garantindo a manifestação contrária de todos os representantes estaduais.

Apesar disso, a proposta foi aprovada, o que garante a inclusão de mais duas vagas para Mato Grosso na Câmara dos Deputados, elevando sua bancada de 8 para 10 representantes. A Câmara dos Deputados precisará votar novamente essa versão, já alterada no Senado, até o prazo de 30 de junho, para que a matéria seja remetida à sanção presidencial .

Panorama do impacto

  • Aumento de 18 cadeiras no total na Câmara: nove estados ganharão vagas, incluindo Mato Grosso com duas.
  • Proporção para deputados estaduais: a Assembleia de Mato Grosso passará de 24 para 30 deputados estaduais, já que o número de cadeiras estaduais é fixado em triplo ao da representação federal.
  • Orçamento impactado: o custo anual das novas cadeiras na Câmara foi estimado em R$ 64,4 milhões — com R$ 10 milhões destinados apenas aos salários; as demais despesas (cotas, passagens, gabinete) deverão ser acomodadas dentro do orçamento vigente até 2030, conforme emenda do senador Alessandro Vieira (MDB‑SE)

Posições públicas de senadores de MT

  • Wellington Fagundes afirmou que expandir o número de deputados hoje “é desprezar o Brasil real” e se diz preocupado com a alta despesa pública.
  • Jayme Campos classificou a proposta como “inoportuna, injustificável e contrária aos anseios da sociedade”, lembrando que o momento exige austeridade.
  • Margareth Buzetti, embora ausente no dia da votação, explicou que estava em missão externa e lamentou não ter registrado voto, afirmando que a decisão ignora a rejeição de mais de 70% da população segundo suas avaliações.

Etapas seguintes

Com a aprovação no Senado, o texto retornará à Câmara dos Deputados para a retomada da votação até o prazo fixado pelo STF — 30 de junho. Se sancionado pelo presidente Lula, a nova composição passará a vigorar a partir de 2027, com reflexos diretos nas bancadas federais e estaduais.

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