A colheita da segunda safra de milho em Mato Grosso atingiu apenas 7,2 % da área total cultivada até 13 de junho de 2025, segundo dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Esse desempenho representa evolução semanal de 4,5 pontos percentuais, mas permanece significativamente abaixo dos 21,73 % observados no mesmo período em 2024. A média histórica dos últimos cinco anos para esta época é de 15,18 %.
O principal fator apontado para o atraso na colheita é o plantio tardio da safrinha 2024/25. A semeadura, já iniciada com atraso desde o começo do ciclo, atrasou diretamente a retirada dos grãos neste momento. Apesar do ritmo lento, há uma boa notícia: as condições climáticas têm favorecido a produtividade. Na última estimativa, o Imea projetou uma safra total de 50,4 milhões de toneladas de milho, aumento de 3,05 % em relação à previsão anterior e 6,79 % superior ao ciclo 2023/24.
Situação comparativa
Critério | Safra 2025 (%) | Safra 2024 (%) | Média histórica (%) |
---|---|---|---|
Área colhida até 13/6/2025 | 7,2 | 21,73 | 15,18 |
O atraso atual reflete um plantio tardio que impacta todo o cronograma da safra, ainda que a produtividade estimada aponte para um bom desempenho no volume total.
Perspectivas e indicadores
Segundo o levantamento anterior, divulgado em 6 de junho, a colheita estava em 2,66 %, com avanço semanal de 1,69 ponto, mas ainda 8,03 pontos atrás do ano anterior e 5,27 pontos atrás da média histórica. A região médio-norte do estado se destacou, com 3,69 % da área colhida, seguida pelas regiões norte (2,73 %), noroeste (2,72 %) e oeste (2,69 %). As áreas de centro-sul (1,47 %) e sudeste (1,34 %) são as mais atrasadas.
Mesmo com o atraso no início, o ritmo de colheita deve acelerar nas próximas semanas à medida que as áreas semeadas no início do ciclo cheguem à maturação.
Conclusão
Apesar do deslocamento no cronograma, a estimativa otimista de produtividade mantém intacta a expectativa de uma safra volumosa, com projeção acima de 50 milhões de toneladas. O avanço da colheita dependerá agora do ritmo de maturação das lavouras e da agilidade dos produtores diante das demandas logísticas.
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