O preço do milho em Mato Grosso registrou nova queda, refletindo a crescente entrada de grãos da segunda safra no mercado estadual. Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o valor da saca recuou 1,92% na última semana, acompanhando a evolução da colheita.

Safra e oferta: detalhes do avanço

  • A colheita da segunda safra atingiu 7,20% da área total estimada para 2024/25, avanço de 4,54 pontos percentuais em relação à semana anterior.
  • A entrada acelerada dos grãos resultou na oferta elevada, pressionando os preços no mercado interno.

Queda generalizada nas cotações

  • Conforme os dados do Imea, o milho disponível em Mato Grosso fechou cotado a aproximadamente R$ 40,50 por saca, registrando recuo de 3,18% em relação à semana anterior.
  • No mercado nacional, o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) confirmou o movimento de baixa contínua, atribuindo-o ao excesso de oferta, limitações de armazenagem e suporte cambial.
  • A retração global nos preços em Chicago, motivada por condições climáticas favoráveis na América do Sul e EUA, também impactou o mercado doméstico.

Impacto para diversos setores

  • A queda nos preços traz alívio aos produtores de leite, que, com menor custo do milho, obtêm margens mais confortáveis em meio à entressafra.
  • No entanto, é preciso atenção: estoques globais mais apertados e incertezas logísticas podem reverter o quadro, fazendo os preços subirem novamente.

Indicadores de mercado

  • Segundo o Graõ Direto e Cepea, a saca do milho válida em 17 de junho estava em média R$ 67,50, com leve queda diária de 0,16%  
  • Em Chicago, os contratos futuros de julho recuaram 0,83%, cotados a US$ 4,31/bu, reafirmando o clima de preço em baixa.

Perspectivas à frente

Analistas destacam que o movimento de queda deve continuar enquanto a colheita avançar e os estoques internos crescerem. A paridade de exportação ainda mostra-se desfavorável, reduzindo o interesse dos compradores externos.

Por outro lado, esfera internacional — câmbio, clima e demanda por biocombustíveis — pode reverter parcialmente o cenário nas próximas semanas ou meses.

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