Em sua coluna publicada em 23 de agosto de 2025, o Olhar Digital ressalta que ferramentas como inteligência artificial (IA) e chatbots têm papel transformador no atendimento ao cliente — mas são, antes de tudo, parceiras, não substitutas do toque humano. A tecnologia deve liberar tempo dos atendentes para focar no que realmente exige inteligência emocional, empatia e solução de problemas complexos.

Expectativas versus realidade

Dados da SalesGroup revelam uma desconexão marcante nas expectativas dos consumidores: enquanto 90% aguardam respostas imediatas no atendimento ao vivo, apenas 33% relatam sentir que suas necessidades foram realmente compreendidas. Esse gap — entre agilidade e compreensão — muitas vezes é determinante para a fidelização ou perda de clientes.

Os limites da tecnologia

Recorrendo à literatura especializada, pesquisadores destacam que a adoção de tecnologia sem processos bem estruturados, pessoas capacitadas e cultura organizacional adequada não resolve os problemas — e pode até agravá-los. A tecnologia funciona melhor quando integrada com clareza de propósito, boa governança e accountability .

Importância do equilíbrio entre tecnologia e humanidade

Uma análise recente do Financial Times reforça que, embora a IA possa otimizar processos — como reconhecer o estado emocional do cliente ou sinalizar atendentes — a empatia humana permanece insubstituível. Estudo da Harvard Business School revelou que 30% a 50% dos participantes preferiam esperar mais por uma resposta humana do que receber uma resposta imediata de IA, considerando-a menos autêntica.

Estratégias para um atendimento mais completo

Especialistas sugerem abordagens que combinam tecnologia e equipe humana, resultando em atendimento mais eficiente e acolhedor:

  • Chatbots como filtro inicial, acessando tarefas simples e liberando atendentes para casos complexos.
  • Transparência sobre limitações dos bots, informando quando o usuário será transferido para um humano — o que reduz frustração e aumenta adoção.
  • Modelos híbridos de atendimento, onde IA e operadores humanos colaboram em tempo real para oferecer respostas mais robustas e empáticas.

Conclusão

A matéria do Olhar Digital enfatiza que, mesmo com os avanços rápidos em inteligência artificial e automação, o atendimento ao cliente de qualidade exige uma complementaridade consciente. Tecnologia e chatbots são importantes — mas apenas quando liberam espaço para a escuta ativa, empatia e criatividade humana. O verdadeiro diferencial competitivo está no equilíbrio: aliar agilidade com conexão emocional, automatizar tarefas repetitivas sem desumanizar a experiência.

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