A Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou em 12 de setembro de 2025 a segunda fase da Operação Short Code, ação voltada ao combate de ataques cibernéticos e difamatórios dirigidos à diretoria da cooperativa médica Unimed Cuiabá. A iniciativa é conduzida pela Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI) e cumpre três medidas cautelares autorizadas pelo Núcleo de Garantias da Comarca de Cuiabá.
O que apura a investigação e quais foram as medidas
A DRCI investiga diversos crimes, todos relacionados à disseminação de conteúdos falsos ou ofensivos contra a atual gestão da cooperativa, incluindo:
- calúnia;
- difamação;
- injúria majorada;
- perseguição;
- uso de identidade falsa;
- associação criminosa.
As medidas cautelares determinadas pela Justiça incluem:
- Bloqueio nacional de um site que divulgava informações falsas contra a diretoria.
- Remoção de perfis em redes sociais utilizados para manter ou fomentar os ataques.
- Proibição da criação de novos sites e perfis com propósito semelhante de disseminar ataques difamatórios.
História da investigação
- A operação teve início em 2024, quando foi detectado um site falso difundindo acusações contra a Unimed Cuiabá e seus dirigentes.
- Também foi identificada uma rede estruturada que usava short codes — sistemas de envio de mensagens em massa por SMS — para encaminhar conteúdos ofensivos e direcionar cooperados a acessarem sites com desinformações.
- A primeira fase da Operação Short Code ocorreu em junho de 2025, quando foram cumpridas seis ordens judiciais contra pessoas responsáveis pela rede de desinformação vinculada à gestão anterior da cooperativa.
Relevância e implicações
A ação representa uma resposta institucional aos ataques digitais que visam reputação e segurança institucional, ressaltando:
- a utilização indevida de tecnologia de comunicação em massa (SMS/short codes) para fins difamatórios;
- a importância de mecanismos legais e judiciais que permitam o bloqueio de conteúdo ofensivo e medidas de reparação;
- o desafio contínuo de identificar autores de ataques virtuais, especialmente quando envolvem coordenadores de campanhas de desinformação e uso de identidades falsas.
Até o momento, as autoridades não informaram os nomes dos investigados nesta fase, nem o valor de eventuais danos causados. Novas medidas poderão ser adotadas conforme o desenrolar das apurações.
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