O vazio sanitário da soja chega ao fim neste domingo (8) em Mato Grosso, liberando oficialmente o início do plantio da safra 2025/2026. No entanto, a expectativa de chuvas insuficientes e temperaturas elevadas coloca os produtores em alerta.
Desafios Climáticos Antecipados
A previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) indica que setembro será marcado por calor acima da média e chuvas abaixo do esperado em grande parte do estado. Esse cenário eleva o risco de estresse hídrico nas lavouras, comprometendo o desenvolvimento das plantas.
Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a umidade do solo em Mato Grosso está no nível mais baixo dos últimos 10 anos, o que pode atrasar o início efetivo do plantio em várias regiões. Além disso, a previsão de chuvas irregulares e temperaturas elevadas pode acelerar a evaporação da água do solo, dificultando a germinação das sementes.
Impactos Econômicos Potenciais
A falta de umidade adequada pode afetar a produtividade da soja, principal produto agrícola do estado. O Imea manteve a projeção de produção de soja para a safra 2025/26 em 47,18 milhões de toneladas, uma queda de 7,29% em relação à safra anterior.
Além disso, a escassez de chuvas pode impactar o transporte de grãos por hidrovias, afetando a logística de escoamento da produção e, consequentemente, a economia local. Municípios em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e no sul do Amazonas já decretaram estado de emergência devido à falta de água para consumo humano e para a agricultura.
Perspectivas para o Plantio
Apesar dos desafios climáticos, os produtores de Mato Grosso estão se preparando para iniciar o plantio da soja. É fundamental que as chuvas se estabeleçam nos próximos dias, com bons volumes e boa abrangência, para garantir níveis adequados de umidade no solo e viabilizar a semeadura.
A situação atual reforça a necessidade de estratégias de manejo que considerem as variabilidades climáticas, como o uso de tecnologias que otimizem o uso da água e a escolha de variedades de soja mais resistentes ao estresse hídrico. O acompanhamento contínuo das condições climáticas será essencial para mitigar os impactos da seca e garantir uma safra produtiva.
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