O Parque Estadual Cristalino está situado no extremo norte do Mato Grosso, abrangendo uma área aproximada de 184 000 hectares nos municípios de Alta Floresta e Novo Mundo. A unidade de conservação engloba florestas amazônicas, cerrado e formações de transição, formando um importante corredor ecológico no sul da Amazônia.
Caminho até a consolidação
Desde sua criação em 2001, o parque passou por um processo de consolidação, que envolve a existência de conselho gestor ativo, plano de manejo implementado, equipe técnica estruturada, monitoramento da biodiversidade e geração de cadeias produtivas sustentáveis para as comunidades locais. Esses elementos são essenciais para garantir que as áreas protegidas cumpram seu papel efetivamente no longo prazo.
Infraestrutura fortalecida e orçamentação previsível
O avanço mais recente colocou a unidade em uma nova fase. Com infraestrutura fortalecida e maior previsibilidade orçamentária, o parque ampliou sua capacidade de atuação, assegurando continuidade nas ações de conservação, fiscalização, apoio logístico e incentivo à pesquisa científica. Martinho Philippsen, gestor do Parque Estadual Cristalino, destacou que os recursos agora estão alinhados à demanda real do Plano Operativo, gerando melhorias concretas na rotina e agilidade nas operações.
Planejamento estratégico aprimorado
Com melhor gestão dos recursos, foi possível implementar um planejamento estratégico com objetivos claros e metas de longo prazo, adequados à realidade do território e à proteção da biodiversidade. Philippsen reforçou que esse avanço fortalece toda a governança da unidade e maximiza o alcance dos resultados esperados.
Riqueza biológica e potencial científico
O parque abriga espécies emblemáticas como onça-p-intada, arara-vermelha e macaco-aranha. Além disso, sua heterogeneidade de habitats faz dele um espaço privilegiado para pesquisas científicas e turismo de natureza, sendo de grande importância ambiental e acadêmica.
Programas, parceiros e financiamento
O fortalecimento da unidade se dá no contexto do programa ARPA (Áreas Protegidas da Amazônia), coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, com gestão técnica e financeira do FUNBIO. O programa é sustentado por doadores nacionais e internacionais, como o Banco de Desenvolvimento da Alemanha (KfW), Global Environment Facility (GEF) via Banco Mundial, Fundação Gordon and Betty Moore, AngloAmerican e WWF, entre outros.
Resumo dos principais pontos:
- O Parque Estadual Cristalino, com 184 mil hectares, ganhou capacidade de operação consistente graças a melhorias em infraestrutura e orçamento.
- A consolidação instituiu bases técnicas e sociais para gestão e conservação.
- Recursos regulares apoiaram fiscalização, logística e pesquisa.
- Planejamento estratégico apoia a perseverança das ações conservacionistas.
- Biodiversidade rica e patrimônio científico no parque impulsionam seu potencial.
- O programa ARPA, com apoio financeiro de entidades nacionais e internacionais, é o pilar dos avanços recentes.
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