Uma ação integrada entre o Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso (CBMMT) e comunidades locais resultou em uma redução de 95,8% no número de focos de calor no Pantanal mato-grossense, comparado ao mesmo período do ano anterior. A informação foi divulgada pela Secretaria de Estado de Comunicação de Mato Grosso.

Estratégias adotadas

Entre as medidas que colaboraram para essa expressiva diminuição estão:

  • Prevenção e conscientização comunitária: participação de moradores das regiões pantaneiras em campanhas de orientação quanto ao uso correto do fogo, identificação precoce de focos e ação rápida em casos suspeitos.
  • Monitoramento por satélite: observações contínuas via satélite para localizar focos de calor no momento em que surgem, possibilitando resposta rápida.
  • Articulação entre órgãos públicos estaduais: atuação coordenada do CBMMT com outras instâncias estaduais de meio ambiente, e atuação em estradas estratégicas e pontos vulneráveis.

Outros dados do estado de Mato Grosso

Além da significativa redução nos focos de calor, Mato Grosso registra resultados positivos em outras métricas ambientais:

  • O Pantanal do estado foi apontado como a região mais preservada em termos de queimadas até agora. Menos de 1% das áreas queimadas registradas entre janeiro e agosto deste ano ocorreram no bioma pantaneiro, evidenciando que o fogo está mais presente em outros biomas do estado.
  • A área total atingida por incêndios florestais em Mato Grosso, no mesmo período, sofreu uma diminuição de 71% em comparação com anos anteriores.

Desafios persistentes

Embora o resultado seja animador, especialistas e autoridades alertam para desafios que ainda precisam ser superados:

  • O uso irregular do fogo para limpeza ou manejo de pastagens continua sendo uma fonte significativa de focos calor. A atuação preventiva se mostra eficaz, mas não dispensa fiscalização contínua.
  • Alguns focos ativos ainda demandam ações rápidas de contenção para evitar que se alastrem.
  • As condições climáticas ainda representam risco, especialmente em períodos de estiagem mais severa ou com temperaturas elevadas. A umidade do solo e da vegetação, bem como volume de chuva, são fatores determinantes.

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