Contexto e cronograma
Representantes econômicos dos Estados Unidos e da China iniciaram, nesta segunda-feira (28), uma nova rodada de negociações em Estocolmo, com o objetivo de estender a atual trégua tarifária por mais 90 dias. O prazo atual expiraria em 12 de agosto, data-limite para evitar a retomada de tarifas em níveis elevados, que poderiam ultrapassar os três dígitos e afetar cadeias globais de suprimentos.
O encontro ocorre no escritório do primeiro-ministro da Suécia, Rosenbad, e reúne autoridades como o Secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e o Vice-Presidente Chinês He Lifeng.
O que está em jogo
A trégua atual envolve tarifas ajustadas desde maio e junho: os EUA impuseram tarifas de 30% sobre produtos chineses, enquanto a China aplicou taxas de 10% sobre importações americanas. Sem renovação, os níveis tarifários anteriores caóticos poderiam retornar.
Durante o processo, os dois países também discutem temas como a produção de fentanil, exportações de terras raras e restrições tecnológicas relacionadas a chips de AI.
Motivações e riscos
Este diálogo sinaliza um movimento mais moderado por parte do governo Trump. Após meses de pressões tarifárias, há interesse crescente na negociação de um acordo estrutural, com foco em compras americanas pelo mercado chinês e flexibilização dos controles sobre tecnologia como chips e telecomunicações.
Especialistas afirmam que o diálogo pode abrir caminho para uma cúpula entre Trump e o presidente chinês Xi Jinping, prevista para outubro ou novembro, reforçando a necessidade de estabilidade comercial prévia.
No entanto, analistas alertam que os principais obstáculos permanecem: exportações de alta tecnologia, subsídios estatais chineses e desequilíbrio estrutural entre consumo doméstico e exportações.
Reações internacionais e federais
Durante todo o processo:
- O comércio global permanece em alerta, com investidores monitorando o Ibovespa, que chegou a cair com a tensão comercial, e a desvalorização do real frente ao dólar americano.
- Na Câmara dos EUA, senadores democratas e republicanos propuseram projetos de lei que combinam pressão política sobre a China com campanhas por direitos humanos, que podem influenciar o ambiente das negociações.
Panorama geral do conflito comercial
Item | Situação atual |
---|---|
Prazo da trégua | Até 12 de agosto; busca extensão de 90 dias |
Redução tarifária | EUA: 30%; China: 10% (a partir de maio/junho) |
Pontos centrais | Mercado de fentanil, tecnologia, terras raras |
Possível cúpula Trump‑Xi | Entre outubro e novembro, se houver estabilidade |
Riscos em aberto | Retaliação sem acordo, volatilidade global |
Conclusão
As negociações em Estocolmo buscam evitar uma nova escalada na guerra comercial entre EUA e China. A prorrogação da trégua tarifária por mais 90 dias garantiria algum nível de alívio ao comércio internacional e às cadeias de produção globais. Embora o avanço esperado seja limitado, a extensão simbolizaria um passo positivo rumo a um eventual acordo maior — e pavimentaria terreno para uma reunião entre Trump e Xi Jinping. O mundo observa atento o desenrolar desse processo diplomático e econômico.
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