Apesar da conectividade crescente em voos, o modo avião continua relevante por razões que vão além de simples tradição, como mostra matéria do Estado de Minas de 10 de julho de 2025.
Finalidade original e aplicação atual
Criado para desativar transmissões de telefonia, Wi‑Fi e Bluetooth, o modo avião evita interferências potencialmente perigosas nos sistemas de navegação e comunicação da aeronave. Mesmo com aeronaves modernas mais imunizadas, essa função mantém-se exigida durante decolagem, pouso e cruzeiro, como medida de precaução.
Além disso, sua ativação aumenta significativamente a duração da bateria, pois impede que o aparelho busque redes constantemente — uma vantagem apreciada durante longos voos.
Interferência real ou excesso de cautela?
Estudos conduzidos pela FAA em 2006 e 2012 não identificaram evidências concretas de que celulares afetam sistemas de voo. Ainda assim, relatos de pilotos afirmam que sinais de alguns aparelhos disruptam fones de comunicação, gerando ruídos incômodos — descritos como “zumbido de mosquito” — o que pode comprometer instruções em situações críticas, como decolagem e aproximação.
Esses relatos motivam a manutenção da exigência por parte de reguladores americanos, mesmo que os riscos reais sejam reduzidos.
Cenários internacionais e a evolução tecnológica
Enquanto nos EUA o vôo só permite uso normal do aparelho no solo, na União Europeia (UE) e Reino Unido algumas companhias permitem chamadas e acesso 5G mesmo em pleno ar — graças a sistemas embarcados que evitam interferência .
No Brasil, a legislação segue as diretrizes internacionais (ICAO) e mantém o modo avião obrigatório para garantir segurança e evitar distrações durante trechos sensíveis do voo.
Outras utilidades do modo avião
- Desconexão voluntária: oferece repouso mental ao usuário, isolando-o das notificações .
- Uso de Wi‑Fi a bordo: permite liberar o uso de redes da aeronave, mesmo com função ativa.
- Preservação da bateria: prolonga a autonomia útil do aparelho, desativando processos que buscam redes constantemente .
O futuro do modo avião
A tendência é de flexibilização gradual à medida que novas tecnologias — como redes 5G embarcadas — se consolidam e sistemas de aeronaves se adaptam. Ainda assim, o modo avião deve continuar como recurso de segurança, conforto e autonomia, mesmo em um cenário com conectividade plena em cabines.
Conclusão
Embora não existam casos comprovados de desastres causados por falta do modo avião, seu uso permanece uma combinação de boa prática técnica, exigência regulatória, economia de bateria e conforto ao passageiro. Enquanto os aparelhos e aviões se modernizam, a função segue indispensável, especialmente durante decolagens, pousos e comunicações críticas da cabine.
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