O Ministério da Saúde, por intermédio da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES), divulgou no último dia 19 de junho de 2025 os resultados do edital que seleciona 202 instituições públicas e privadas para a criação de novos programas de residência. O objetivo é expandir e fortalecer a formação de especialistas em regiões com cobertura assistencial deficiente, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS)
1. Áreas priorizadas
Foram contempladas especialidades estratégicas consideradas prioritárias para o SUS, entre elas:
- Ginecologia e obstetrícia
- Medicina intensiva pediátrica
- Pediatria
- Neonatologia
- Cardiologia
- Oftalmologia
- Radioterapia
- Cirurgia oncológica
- Outras áreas de alta complexidade.
2. Critérios de seleção
Foram priorizadas instituições que atendem a três critérios principais:
- Infraestrutura adequada para residência médica
- Integração com a rede local do SUS
- Compromisso com formação de qualidade
Além disso, tiveram preferência aquelas situadas em municípios com alta vulnerabilidade social ou menor número de especialistas por habitante e sem programas de residência ativos.
3. Apoio oferecido
As instituições selecionadas receberão suporte técnico do Ministério por meio de:
- Orientações para elaboração de projetos pedagógicos
- Auxílio na submissão de pedidos de credenciamento via sistemas SINAR e SisCNRM
- Capacitação de preceptores e gestores dos programas.
Importante ressaltar que a adesão ao edital não assegura repasse financeiro direto, bolsas ou credenciamento imediato — todas as propostas passarão por análise técnica e dependerão de disponibilidade orçamentária.
4. Contexto e relevância
O edital é uma iniciativa estratégica para suprir a carência de especialistas em áreas remotas e favorecer o acesso a serviços de maior complexidade. Casos como o Programa Mais Médicos e o Mais Acesso a Especialistas mostram que somar atenção primária e especializada é essencial para a eficiência do SUS.
Ao formar profissionais localmente — com vínculo direto às comunidades — o Ministério reforça políticas de equidade e evita o déficit crônico de especialistas em localidades mais vulneráveis. Além disso, melhora a distribuição de recursos humanos na saúde pública .
5. Próximos passos
- Instituições habilitadas deverão desenvolver seus projetos pedagógicos e solicitar credenciamento
- Órgãos federais e estaduais acompanharão de perto para efetivar os programas até 2026
- A medida integra esforços para ampliar o acesso à medicina altamente especializada em todo o país
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