Queda do Ibovespa e alta do dólar

Na sexta-feira, 18 de julho de 2025, o Ibovespa registrou forte queda de 1,05%, atingindo 134.138,94 pontos por volta das 12h57 .
Ao mesmo tempo, o dólar à vista subia 0,28%, cotado a R$ 5,5590 na venda.

Principais fatores em jogo

  • Tensões comerciais com os EUA: Traders reagiram ao anúncio do ex‑presidente Donald Trump sobre a possível imposição de tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, com vigência prevista para 1º de agosto, elevando a aversão ao risco .
  • Conflito político nacional: A instabilidade gerada por investigações e medidas judiciais envolvendo o ex‑presidente Jair Bolsonaro, associadas a tensões diplomáticas com os EUA, intensificou a cautela no mercado.
  • Cenário doméstico sem indicadores: A ausência de divulgação de dados econômicos relevantes reforçou a cautela dos investidores .

Destaques por setor

  • Ações de grande porte: Petróleo (PETR4), varejo e bancos (como Itaú e Bradesco) registraram perdas notáveis, enquanto Vale (VALE3) conseguiu uma leve valorização.

Contextualização:

  • Na véspera (quinta, 17/07), o dólar fechou em leve alta de 0,05% a R$ 5,550, mas o Ibovespa esteve estável em torno dos 134–135 mil pontos .
  • No dia anterior (16/07), o dólar chegou até R$ 5,5611 e o Ibovespa operou com firmeza, influenciado por balanços corporativos positivos, antes de inverter a tendência nas sessões seguintes .

Implicações e sinais para o mercado

  1. Volatilidade ampliada: A conjunção de fatores globais (tarifas dos EUA) e domésticos (instabilidade jurídica) tem gerado oscilações intensas no câmbio e nas bolsas.
  2. Atenção urgente à relação Brasil–EUA: Negociações futuras poderão definir a direção dos mercados, dada a gravidade das medidas propostas por Trump e reagidas pelo presidente Lula.
  3. Risco geopolítico como chave para investidores: A correlação entre política, decisões judiciais e economia doméstica segue sendo um fator central para o comportamento dos ativos nos próximos meses.

Resumo do dia

IndicadorValor/Desempenho
Ibovespa−1,05%, aos 134.138,94 pontos
Dólar à vista+0,28%, cotado a R$ 5,5590
Pressão principalTarifas dos EUA, instabilidade política e falta de indicadores econômicos

Conclusão

A sessão evidenciou como fatores externos, como as ameaças tarifárias dos EUA, e internos, como tensões políticas e jurídicas, têm prejudicado o ambiente de negócios no Brasil. Esse cenário de volatilidade sugere que tanto o câmbio quanto a bolsa poderão sofrer oscilações acentuadas nos próximos dias, à medida que novas informações e decisões sejam divulgadas.

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