O breve cessar‑fogo entre Israel e Irã, anunciado pelo Presidente dos Estados Unidos Donald Trump, desmoronou rapidamente, com ambos os países retomando ataques, gerando críticas intensas do mediador americano.
Contexto do anúncio
- Na madrugada de 24 de junho, Trump afirmou ter negociado um “cessar‑fogo completo e total” de 12 horas entre Israel e Irã, mediado pelos EUA e Catar.
- O acordo previa suspensão das hostilidades iniciando por volta da 1 h (horário de Brasília), com expectativa de que Israel também interrompesse ataques após esse prazo.
Violação do prazo imediatamente
- Menos de duas horas após o anúncio, a televisão estatal do Irã confirmou o início do cessar‑fogo, mas logo alarmes soaram em Israel com mísseis iranianos detectados no espaço aéreo israelense.
- Israel retaliou pouco depois, atingindo uma instalação de radar perto de Teerã e outra na cidade de Babolsar, conforme relato da Reuters.
Reações de Trump
- Em entrevistas à Casa Branca, Trump afirmou que ambos países violaram o tratado e mostrou-se desencantado: “Não estou feliz com Israel… não sei o que estão fazendo”.
- Ameaçou cancelamentos de futuras operações israelenses e exigiu que os jatos retornassem — descrevendo ainda que fariam um “amigável aceno de avião” ao Irã.
- Trump referiu-se aos feitos dos EUA contra instalações nucleares iranianas como fator que levou ao cessar‑fogo, mas manifestou preocupação quanto à retomada dos ataques.
Reações oficiais dos países
- Israel acusou o Irã de disparar mísseis pouco depois do início da trégua e anunciou nova ofensiva contra mais alvos iranianos.
- Irã negou ter violado o cessar‑fogo e apontou que Israel avançou com ataques mesmo após o prazo combinado.
Consequências e impacto regional
- O cessar‑fogo foi descrito por observadores como “frágil”, com relatos de mísseis interceptados e explosões em cidades como Be’er Sheva, além de danos civis em Tel Aviv e Teerã.
- Já houve confirmação de ao menos 28 mortes em Israel por ataques iranianos, e nove civis iranianos morreram após bombardeios israelenses além do prazo da trégua.
- Analistas advertem que esse impasse reforça tensões na região, no momento em que o mundo observa com atenção diplomática, inclusive em meio à cúpula da OTAN na Haia.
Próximos passos e perspectivas
- Trump enfatizou em redes sociais e entrevistas que a trégua continua em vigor — desde que ambos os lados respeitem —, mantendo pressão sobre Israel e Irã.
- O futuro do cessar‑fogo depende das decisões militares de Israel e Irã, ambos sob crescente vigilância global .
+ Não há comentários
Adicione o seu