No dia 17 de julho de 2025, o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA), em Campinas (SP), confirmou um foco do vírus da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1) entre aves de subsistência em Quixeramobim, região do Sertão Central do Ceará.

Medidas imediatas

Na manhã de 18 de julho, a Agência de Defesa Agropecuária do Ceará (Adagri) e o Serviço Veterinário Oficial (SVO-CE) implementaram o Plano Nacional de Contingência do Ministério da Agricultura e Pecuária, incluindo interdição da propriedade, eutanásia das aves e protocolo de saneamento — com sepultamento dos animais e instalação de barreira sanitária.

As autoridades identificaram contato provável entre aves domésticas e silvestres, devido à proximidade de uma pequena fonte hídrica no local. Investigação segue num raio de 10 km para rastrear possíveis casos ligados.

Situação atual no Brasil

Até o momento, o país registrou 182 casos de H5N1: 172 em aves silvestres, 8 em criações de subsistência e 1 em granja comercial, todos controlados. O único foco em granja comercial ocorreu em maio, em Montenegro (RS), e foi considerado encerrado após desinfecção e monitoramento riguroso.

Segurança para o consumidor

A Adagri e o Ministério da Agricultura reforçam que o consumo de carne de aves e ovos é totalmente seguro, pois o vírus não é transmitido por ingestão. A principal via de infecção é o contato direto com aves doentes ou secreções contaminadas.

Contexto de biosseguridade

O Ceará já vinha intensificando a vigilância em criações domésticas e silvestres desde maio, realizando 22 atendimentos, embora sem confirmações anteriores. O protocolo incluiu coletas de sangue e swabs, todos negativos.

Autoridades estaduais e federais reforçam a importância de notificações imediatas — via Adagri ou o 0800-2800410 — em caso de sinais respiratórios, neurológicos ou mortalidade súbita em aves.


Cenário global e riscos potenciais

A gripe aviária é causada por cepas como H5N1 e H7, assinaladas por alta mortalidade em aves e risco ocasional para humanos. A transmissão ocorre majoritariamente por contato com secreções ou fezes de aves infectadas; o consumo de produtos avícolas é inócuo. No mundo, surtos em aves silvestres são geralmente os primeiros sinais, seguidos por notificações em aves domésticas, exigindo rápida contenção.


Panorama resumido

AspectoDetalhes
Data de confirmação17 de julho de 2025
LocalQuixeramobim (CE), aves de subsistência
Medidas adotadasInterdição, eutanásia, barreira sanitária, investigação em 10 km
Casos no Brasil182 total (172 silvestres, 8 subsistência, 1 comercial)
Segurança alimentarCarne e ovos seguros para consumo — sem risco por ingestão
Notificação obrigatóriaImediata, em casos de sinais clínicos ou mortalidade súbita em aves

Conclusão

A detecção do foco de H5N1 entre aves domésticas no Ceará reforça a importância de vigilância ativa, biosseguridade e resposta rápida conforme o Plano Nacional. Com vigilância reforçada e colaboração entre órgãos estaduais e federais, o risco à saúde humana e ao setor agropecuário permanece controlado. Consumidores podem ficar tranquilos quanto à segurança dos produtos avícolas.

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