O Oriente Médio atravessa um período de intensas tensões geopolíticas, com implicações diretas para as comunidades cristãs, especialmente no Irã. No dia 13 de junho de 2025, Israel iniciou a “Operação Leão em Ascensão”, um ataque preventivo em larga escala que envolveu mais de 200 aeronaves e operações secretas de sabotagem contra a infraestrutura nuclear e militar do Irã. Os ataques resultaram na morte de altos comandantes da Guarda Revolucionária, incluindo o general Hossein Salami e o major Mohammad Bagheri, além de cientistas nucleares. Dezenas de civis, incluindo crianças, ficaram feridos nas explosões em Teerã e Isfahan. Em retaliação, o Irã lançou mais de 100 drones contra Israel, elevando a região a um estado de alerta máximo. O espaço aéreo foi interrompido, os preços do petróleo dispararam e há crescente pressão internacional por uma diminuição da violência.
Neste contexto de escalada militar, as comunidades cristãs iranianas, particularmente os convertidos do islamismo, enfrentam um risco ainda maior. Sob o regime teocrático iraniano, a conversão do islamismo para o cristianismo é ilegal, e os cristãos de origem muçulmana são frequentemente vistos como ameaças influenciadas pelo Ocidente. Atualmente, o Irã ocupa a 9ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2025, um ranking que identifica os 50 países onde os cristãos enfrentam maior perseguição e discriminação. Líderes e membros de igrejas domésticas são frequentemente presos e condenados a longas sentenças sob acusações arbitrárias de “agir contra a segurança nacional ao se conectar com organizações cristãs ‘sionistas'”.
A instabilidade também afeta cristãos perseguidos em territórios vizinhos, como Iraque, Síria e Cisjordânia. Relatos indicam que todas as fronteiras estão fechadas, assim como todos os postos de controle, o que impede o deslocamento de um lugar para outro. Muitas pessoas estão agora presas na fronteira e, com medo de ficarem sem alimento, tentam comprar comida, bebida e combustível.
Diante desse cenário, líderes cristãos têm feito apelos por oração e solidariedade. O conselheiro sênior da Portas Abertas Internacional sobre o Irã expressou: “Senhor da paz e da justiça, clamamos a Ti em meio a este conflito crescente. Conforta os feridos e os que choram no Irã e em Israel. Contém as mãos da violência, dá sabedoria aos líderes e protege os inocentes. Que Tua misericórdia rompa o caos. Em nome de Jesus, oramos por um cessar-fogo imediato, cura para os civis feridos e contenção divina sobre uma nova escalada militar entre Israel e Irã”.
A situação permanece volátil e imprevisível, com riscos reais de um conflito mais amplo no Oriente Médio. Organizações de apoio à igreja perseguida seguem monitorando os desdobramentos e solicitam intercessão contínua da igreja global.
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