Consórcio Rota Agro Brasil arremata concessão da Rota Agro com desconto de 19,7% e previsão de R$ 4,4 bilhões em investimentos

Nesta quinta-feira, 14 de agosto de 2025, o Consórcio Rota Agro Brasil, liderado pela Azevedo e Travassos, foi declarado vencedor do leilão de concessão das rodovias BR-060/364/GO-MT (Rota Agro), ao apresentar o maior desconto sobre a tarifa de pedágio — 19,7% — sobre o valor estimado de R$ 0,16270 por quilômetro. O anúncio foi realizado na B3 (Bolsa de Valores de São Paulo) durante o pregão viváz, que contou com cinqü participantes, marcando o maior número de concorrentes desde 2019.

A disputa decisiva ocorreu entre o consórcio vencedor e a Way Concessões, que também apresentou proposta competitiva, com 19,6% de desconto. Outros concorrentes incluíram a EPR (10,8% de deságio), o Consórcio Rota do Cerrado, liderado pela XP Investimentos (10,55%) e a VF Gomes, que apresentou oferta sem desconto.

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Aspectos Técnicos da Concessão

• Extensão do trecho: 490 km, unindo Rio Verde (GO) e Rondonópolis (MT), um dos mais intensamente trafegados corredores logísticos do Centro-Oeste.
• Investimentos previstos: R$ 4,4 bilhões em Capex (investimentos em obras) e R$ 2,8 bilhões em Opex (custos operacionais durante o contrato), totalizando R$ 7,2 bilhões ao longo de 30 anos de concessão.
• Planejamento de obras:
  • Duplicação de 45 km;
  • Implantação de 151 km de terceiras faixas;
  • Construção do Contorno Alto Araguaia (7,85 km).
• Benefícios esperados: melhoria no escoamento da produção agrícola e industrial de Goiás e Mato Grosso, fomentando o comércio interno e exportação.

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Importância e Repercussão

O resultado reflete não só a robustez do setor de concessões rodoviárias no Brasil como também a elevada atratividade da Rota Agro, dada a proximidade com outras concessões estratégicas como Rota Verde (do consórcio vencedor) e Rota Zebu (da Way Concessões), favorecendo sinergias regionais.

Especialistas apontam que o certame representou um sinal positivo para o calendário de investimentos planejado para o segundo semestre, mostrando que o ambiente macroeconômico e as incertezas externas não têm afetado negativamente o avanço da agenda de concessões rodoviárias.