Dados recentes do Vacinômetro do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) revelam que Rondonópolis teve avanços na vacinação de adolescentes, mas os índices permanecem significativamente abaixo do ideal. A análise inclui os imunizantes HPV (feminino e masculino) e a ACWY, usada contra meningite em crianças de 11 a 14 anos.
Progresso observado
- A cobertura vacinal do HPV masculino evoluiu de 53,24% no início do ano para 54,94% em julho.
- No HPV feminino, o índice subiu de 59,86% para 64,59% no mesmo período.
- Quanto à vacina ACWY, as melhorias foram modestas: para crianças de 11 anos, de 23,97% para 27,34%; aos 12 anos, de 18,03% para 21,53%; aos 13 anos, de 16,15% para 17,67%; e para quem tem 14 anos, de 39,41% para 40,31%.
Situação geral das outras vacinas
Outras imunizações também foram monitoradas para diferentes faixas etárias menores de um ano, até dois anos, além de crianças e adolescentes. Algumas taxas de cobertura são:
- BCG: 86,05%
- Febre amarela: 65,80%
- Meningococo C: 73,32%
- Rotavírus: 68,63%
- Hepatite A: 64,29%
- Tríplice viral: 73,78%
- Varicela: 40,16%
Meta ainda distante
Apesar dos progressos pontuais, Rondonópolis permanece muito abaixo da meta de cobertura de 95% prevista pelo Ministério da Saúde para a maioria desses imunizantes.
O município figura entre os 42 municípios mato-grossenses com menor cobertura vacinal para as vacinas HPV (feminina e masculina) e ACWY para todas as idades monitoradas.
- O monitoramento é realizado pelo MPMT por meio da Procuradoria de Justiça especializada em Defesa da Cidadania, Direitos Humanos, Consumidor, Minorias, Segurança Alimentar e Estado Laico.
- Os dados mais recentes são fornecidos pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) e organizados em parceria com o Departamento de Planejamento e Gestão (Deplan) do MP.
- A vacinação nas escolas foi ação usada para melhorar a cobertura do HPV, com busca ativa de quem ainda não estava vacinado.
- Em Mato Grosso como um todo, muitos municípios enfrentam situação parecida: cobertura abaixo das metas, especialmente para vacinas de adolescentes, e esforços sendo feitos para correção. O “Anuário VacinaBR”, por exemplo, aponta que várias vacinas continuam com índices menores que 95%, especialmente em dose de reforço ou em faixas etárias mais velhas.
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