O cessar‑fogo entre Irã e Israel, mediado pelos Estados Unidos, segue em vigor na quarta‑feira, 25 de junho de 2025—marcando o segundo dia consecutivo sem grandes confrontos, após doze dias intensos de conflito aéreo.


Contexto do conflito

  • A guerra teve início com um ataque surpresa de Israel, em 13 de junho, contra instalações nucleares e militares iranianas, ao qual os EUA se uniram lançando bombas pesadas, os famosos “bunker busters”.
  • O Irã respondeu com mísseis que penetraram as defesas israelenses, ampliando o alcance das hostilidades.
  • Nas estimativas iranianas, o conflito deixou cerca de 610 mortos e aproximadamente 5 000 feridos no lado iraniano; Israel registrou 28 mortes.

Papel dos EUA e anúncio do cessar‑fogo

  • O presidente Donald Trump anunciou o cessar‑fogo em 23 de junho, chamando-o de “guerra de doze dias”, e pediu que fosse respeitado.
  • Trump orientou o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu a interromper ataques em andamento, mesmo com aviões israelenses já decolados .
  • A trégua, apesar de frágil e com relatos de violações isoladas, permanece estável até o momento .

Negociações e perspectivas de paz

  • O enviado especial americano ao Oriente Médio, Steve Witkoff, classificou como “promissoras” as negociações diretas e indiretas em curso com o Irã, sinalizando esperança por um acordo de paz duradouro.
  • Witkoff ressaltou que a não-agressão de ambos os lados e o diálogo estão no caminho certo para um entendimento mais amplo.

Dúvidas e cautela diplomática

  • A inteligência americana avaliou que os ataques afetaram o programa nuclear iraniano por alguns meses, mas não eliminaram sua capacidade — um ponto contestado por Trump, que afirmou ter “obliterado” os locais.
  • A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), liderada por Rafael Grossi, insiste na retomada das inspeções para avaliar os reais danos.
  • O parlamento iraniano votou a suspensão da cooperação com a AIEA, com decisão final a ser tomada por seu órgão de segurança superior.

Reflexos nos mercados

  • Em Toronto, os futuros do TSX recuaram ligeiramente (–0,1%), em meio à retomada da calma no Oriente Médio e dados positivos sobre inflação no Canadá.
  • O mercado de petróleo reagiu com valorização de mais de 1%, enquanto o ouro se estabilizou.
  • Na Europa, o índice STOXX 600 subiu 0,2%, impulsionado principalmente por ações do setor automotivo e de defesa, refletindo otimismo em relação à trégua

Conclusão

O cessar‑fogo parece estar se mantendo, abrindo espaço para negociações diplomáticas que, até o momento, são vistas como “promissoras” pelos Estados Unidos. No entanto, a incerteza permanece diante de relatórios conflitantes sobre a extensão dos danos ao programa nuclear iraniano e a suspensão das inspeções da AIEA. A capacidade de resistência desse armistício e a retomada das negociações serão determinantes para a estabilidade regional e global nas próximas semanas.

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