Previsão meteorológica e cenário atual

Mato Grosso vive dias de calor intenso e condições de clima extremamente seco, típicos do inverno no Centro-Oeste. Segundo previsão divulgada, umidade relativa do ar segue em queda drasticamente, com níveis abaixo de 20 % nas horas mais quentes — patamar considerado de alerta por autoridades de saúde e meteorologia. Em cidades como Cuiabá, Rondonópolis, Cáceres, Tangará da Serra e Sinop, as temperaturas máximas podem atingir entre 36 °C e 39 °C.

Riscos à saúde e impactos ambientais

A combinação de ar muito seco e altas temperaturas coloca em risco a saúde dos cidadãos. Há maior incidência de desidratação, sangramentos nasais, irritações respiratórias e agravamento de condições crônicas, como asma, rinite e bronquite.A fumaça resultante de queimadas, comum nessa estação, intensifica os sintomas, gerando outros efeitos como tosse persistente, cansaço, dores de cabeça e maior risco de eventos cardíacos em pessoas vulneráveis.

Orientações à população

Especialistas e órgãos de saúde destacam uma série de medidas preventivas essenciais:

  • Hidratação frequente — ingerir líquidos regularmente mesmo sem sentir sede, para evitar desidratação;
  • Evitar exposição ao sol — sobretudo entre 10h e 16h, quando as temperaturas e a radiação solar são mais altas;
  • Umidificar ambientes — usar umidificadores, toalhas úmidas ou recipientes com água para elevar a umidade do ar interno;
  • Reduzir atividades ao ar livre nos horários mais quentes;
  • Manter a higiene do ar — limpar superfícies com pano úmido, diminuir poeira e evitar ambientes excessivamente secos;
  • Fechar portas e janelas em horários de maior concentração de fumaça, além de higienizar as vias aéreas com soro fisiológico, especialmente para quem tem doenças respiratórias.

O período de seca em Mato Grosso integra um panorama de crise hídrica nacional, com redução das chuvas e aumento das queimadas. Essas situações se intensificam no Pantanal e na Amazônia, causando impactos ambientais graves, como queda dos níveis dos rios, perda de biodiversidade e escassez hídrica para uso urbano e agrícola. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) alerta que agosto e setembro são os meses mais críticos para queimadas no estado.

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