O Brasil avançou quatro posições no Ranking Mundial de Competitividade 2025, desenvolvido pelo IMD (Suíça), em parceria com a Fundação Dom Cabral (FDC), passando da 62ª para a 58ª posição entre 69 economias analisadas — o melhor desempenho desde 2021.
Principais fatores do avanço
O progresso brasileiro foi impulsionado por avanços nos seguintes pilares:
- Desempenho econômico e industrial: sinais de crescimento consistente e elevação no nível de emprego.
- Eficiência das empresas: melhora nas operações, produtividade e atratividade internacional.
Esses ganhos, no entanto, não foram suficientes para retirar o país das últimas posições do ranking.
O calcanhar de Aquiles: eficiência estatal
O maior entrave permanece sendo o poder público. O Brasil figura na 68ª posição no subindicador de eficiência governamental — apenas à frente da Venezuela — avaliando desperdício de recursos, carga regulatória e falta de transparência.
Esse fraco desempenho revela gargalos em serviços essenciais, gerando entraves à competitividade e ao relacionamento com o setor privado.
Comparativo internacional
Outros países no topo demonstram o peso da eficiência estatal:
- Suíça, Singapura e Hong Kong lideram a lista de governos mais eficazes.
- Já na avaliação geral de competitividade, Estados Unidos cederam posição para países como Dinamarca, Irlanda e Suíça.
O destaque global ressalta a importância de governos ágeis, transparentes e voltados à eficiência.
O que precisa melhorar
Para avançar ainda mais, o estudo aponta três prioridades:
- Desburocratização e simplificação regulatória: reduzir entraves ao empreendedorismo e investimentos.
- Modernização da administração pública: investimentos em tecnologia digital, gestão por desempenho e transparência.
- Fortalecimento institucional: combate à corrupção e ampliação do controle social sobre ações governamentais.
Especialistas enfatizam que, sem essas reformas, o Brasil continuará limitado, mesmo com empresas mais competitivas.
🧭 Caminho adiante
O governo federal tem iniciativas em curso, como o plano “Nova Indústria Brasil”, que visa reindustrializar o país até 2033, promovendo transição tecnológica e industrial nos setores produtivos, Entretanto, o sucesso dessas ações depende de um Estado mais eficiente e com menor carga burocrática ― fatores fundamentais para alavancar o crescimento sustentável.
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