A atividade do comércio eletrônico de empresas mato-grossenses teve forte retração em 2024, com volume total de R$ 510 milhões, uma queda de 19% em comparação aos R$ 630 milhões registrados em 2023, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, com base na Receita Federal.
Queda significativa nas vendas
- O montante de R$ 510 milhões em vendas digitais corresponde a uma redução considerável em relação ao ano anterior, quando as operações totalizaram R$ 630 milhões.
- O recuo é impactante, embora o comércio eletrônico nacional tenha registrado um leve crescimento, alcançando faturamento total de R$ 225 bilhões em 2024.
Destinação das vendas
- A maior parte das vendas foi destinada a consumidores locais, no próprio Mato Grosso, representando R$ 480 milhões.
- Além disso, R$ 5,8 milhões foram enviados a clientes em São Paulo e R$ 4,8 milhões a Minas Gerais.
Compras dos mato-grossenses
- Em contrapartida, os consumidores do estado movimentaram R$ 3,5 bilhões em compras de sites de outros estados.
- Esse valor representa evolução de 9,3% em relação a 2023, quando as compras totalizaram R$ 3,2 bilhões.
- Os produtos mais adquiridos por esse público vieram de São Paulo (R$ 1,79 bi), seguido por Mato Grosso (R$ 48 milhões) e Minas Gerais (R$ 39 milhões)
Produtos mais vendidos
- Entre os itens mais comercializados pelas empresas locais destacam-se celulares, televisores e livros.
- Já as micro e pequenas empresas focaram principalmente em madeira, livros e complementos alimentares.
Contexto nacional e local
- O e-commerce em Mato Grosso havia alcançado relevância expressiva em anos anteriores, chegando a R$ 632 milhões em 2023, com expansão de 20,55%, a segunda maior do Centro-Oeste.
- A queda de 2024 inverteu esse movimento de crescimento e chama atenção para desafios locais, como logística, concorrência com fortes mercados e adaptação digital.
Análise e possíveis causas
- A retração pode refletir pressões como redução de consumo, aumento de custos logísticos e migrinação de vendas para grandes players com maior eficiência operacional.
- Apesar do declínio, o Brasil manteve crescimento leve no e-commerce geral, sinalizando que essas dificuldades podem ser mais específicas à estrutura dos sellers locais .
Perspectivas e desafios
- Restaurar o ritmo de crescimento exigirá ações como investimento em logística, parcerias locais, capilaridade de entrega e adoção de tecnologias para ampliar competitividade.
- Apoio a micro e pequenas empresas será fundamental para promover digitalização e fortalecimento das cadeias produtivas locais.
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