Mato Grosso Inicia Vazio Sanitário da Soja para Combater Ferrugem Asiática

A partir deste domingo, 8 de junho, entra em vigor em Mato Grosso o período de vazio sanitário da soja, uma medida fitossanitária que proíbe a presença de plantas vivas de soja em qualquer estágio de desenvolvimento. O objetivo é reduzir a incidência da ferrugem asiática, doença causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, considerada uma das mais severas na cultura da soja.

Entenda o Vazio Sanitário

O vazio sanitário é um período contínuo de 90 dias, durante o qual é proibido cultivar ou manter plantas vivas de soja em lavouras, beiras de estradas e qualquer área dentro das propriedades rurais. Em Mato Grosso, o vazio sanitário se estenderá até 6 de setembro de 2025, conforme estabelecido pela Portaria nº 1.271 do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

Essa medida visa interromper o ciclo de vida do fungo causador da ferrugem asiática, reduzindo a quantidade de esporos no ambiente e, consequentemente, minimizando os riscos de infecção nas próximas safras.

Fiscalização e Penalidades

O Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT) será responsável por fiscalizar o cumprimento do vazio sanitário. Na safra anterior, o órgão realizou 5.825 fiscalizações durante o período de vazio sanitário.

Produtores que descumprirem as determinações estão sujeitos a penalidades, incluindo multas. Em caso de dúvidas, os agricultores podem procurar a unidade do Indea mais próxima ou acessar os canais de comunicação oficiais do órgão.

Calendário de Semeadura

Após o término do vazio sanitário, o plantio da soja em Mato Grosso será permitido entre 7 de setembro de 2025 e 7 de janeiro de 2026. Esse calendário de semeadura também é uma medida fitossanitária complementar, visando à racionalização do número de aplicações de fungicidas e à redução dos riscos de desenvolvimento de resistência da ferrugem asiática da soja às moléculas químicas utilizadas no seu controle.

Importância da Medida

A ferrugem asiática pode causar perdas de até 90% na produção de soja em casos epidêmicos. Portanto, o cumprimento rigoroso do vazio sanitário e do calendário de semeadura é essencial para garantir a sanidade das lavouras e a sustentabilidade da produção agrícola no estado.